Enquanto a Europa já se faziam tímidas tentativas de motorização das tropas – e as motocicletas eram estudadas como portadoras moveis de metralhadoras, o exercito norte americano ainda se encontrava nas mesmas condições que nas ultimas guerras contras os índios: a cavalaria montava os mesmos cavalos contra os bandidos mexicanos de pacho villa e contra touro sentado e cavalo doido.
Somente em 1916, uma expedição
contra villa iria testas a utilidade dos veículos motorizados. A esta altura as
partes aguerridas na Europa já estavam adiante: os tiros em Saravejo em junho
se entenderia num conflito mundial que também iria modificar para sempre os
EUA. No ano 10 da sua existência a Harley Davidson Motor Company se alegra com
uma clientela em expansão crescente. É a era de ouro das motocicletas nos EUA,
pois nem o modelo T produzido pela Ford consegue competir com as vendas totais
apresentadas pelas grandes marcas de motocicletas dos EUA: entre 60 e 70 mil
unidades foram produzidas nesse ano e entregues ao publico. A Inidian é a maior
fabricante de motocicletas do mundo em 1914.
O modelo 10F, ao preço de 285
dólares, era a top-model da linha de produtos Harley Davidson – e no ano de
construção dos modelo de 1914 foram produzidas 7.956 unidades. Embora hoje 285
dólares sejam um risíveis, é preciso considerar o contexto da época onde em
1914 o trabalhador da indústria recebia 2 dólares e meio por dia. E isso, num
dia de trabalho de 10 horas. Era 1914 quando Henry Ford dobrou com alarde esse
salario de fome - inclusive porque assim
os trabalhadores também poderiam comprar para si os carros por eles montados.
Dessa forma, uma Harley Davison 10F Passou a custar, a partir dai, o
correspondente a apenas 57 dias de trabalho. Sob o aspecto técnico, não mudou
muita coisa no motor F-Head desde a sua introdução em 1911- o avanço residia no
acabamento e nos detalhes: o deslocamento havia sido elevado para 61 polegadas
cubicas/ 988cc e a potencia ligeiramente melhorada. Em 1914, ocorreu na Harley
Davidson a introdução do pedal de partida, os pedais de bicicleta foram substituídos
por sólidos estribos escamoteáveis que aumentavam consideravelmente o conforto
de conduzir. A transmissão primária é coberta com uma proteção de chapa e o
cambio de duas velocidades aproveita o melhor a potência proporcionada pelo
motor. A embreagem e o freio eram servidos por pedais, o que logo seria posto a
prova no transito urbano: em Cleveland/Ohio, também a terra de vários
fabricantes de motocicletas, foi instalado o primeiro semáforo em um
cruzamento.
Outras partes da motocicleta eram agora produzidas pela própria Harley Davidson, ao invés de serem compradas. Inclusive os cubos das rodas e o recém desenvolvido freio a tambor, que por meio de sapatas internas aplica a pressão de frenagem para fora: o funcionamento dos freios foi visivelmente melhorado – o que era prementemente necessário frente ao transito urbano das grandes cidades.
Outras partes da motocicleta eram agora produzidas pela própria Harley Davidson, ao invés de serem compradas. Inclusive os cubos das rodas e o recém desenvolvido freio a tambor, que por meio de sapatas internas aplica a pressão de frenagem para fora: o funcionamento dos freios foi visivelmente melhorado – o que era prementemente necessário frente ao transito urbano das grandes cidades.
Mesmo quando o cinza-Renault
dessa moto já foi quase substituído pelo tom de ferrugem, se olhar para a moto
que esta no museu da Harley Davidson, é possível reconhecer as linhas
decorativas traçadas à mão – e reabre-se a polêmica: estado original ou
restauração? O que para um observador não passa de um inútil monte de ferrugem sem
valor, para um autentico entusiasta aparece como o suprassumo em termos de
autenticidade. Na mesma medida em que o fator ferrugem valoriza, a pintura
original e as linhas ornamentais também se traduzem, mais um vez, em preço. Com
o crescente distanciamento no tempo além disso torna-se cada vez mais difícil
descobrir uma Harley Davidson em estado original – o que é mais importante, as
“descobertas em depósitos” dos anos 1970 e 1980 tendem mais ou menos a manter o
estado original as motocicletas encontradas, em vez de “restaurá-las
inteiramente”. Quem se pode declarar proprietário de uma 10F nas condições originais
e sofridas de um século de historia da motocicleta, não precisa ter nenhum a
preocupação por causa da ferrugem. E com acessórios, a maquina só pode ficar
mais valiosa! Se a peça nesse estado também funciona, tanto melhor! Em geral,
vale a regra: quanto mais peças originais contemporâneas estiverem mantidas num
clássico, tanto mais valiosa sua condição. Sempre se pode restaurar a maquina-
mas o estado original existe apenas um a vez.
Dados técnicos Modelo 10F (1914)
Chassi: Quadro
tubular de aço polido rígido
Garfo: Molas
helicoidais
Motor: V2
Refrigerado a ar, IOE admissão sobre ignição a magnet, cambio de 2 velocidades
no cubo traseiro.
Cilindros: 2,45°
ângulo dos cilindros
Deslocamento:
60,34 polegadas cúbicas
Potencia:
Aproximadamente 10hp
Ano de construção: 1911
Escrito por: Fabio Santos
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